quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bloco do EU SÓ

É engraçado falar de solidão quando se está acompanhado, mas é assim que tenho me sentido ultimamente.

Graças a Deus sou muito bem casada e amo o meu marido. Mas a rotina do dia-a-dia está fazendo com o que me sinta sozinha.

Acordo as 5:30 alguns dias, em outros as 6:30. Levanto e vou me arrumar para o trabalho enquanto ele dorme. Dou um beijinho de bom dia e sigo rumo à labuta. Quando chego de volta em casa as 19 horas ele já não está, pois vai do trabalho direto pra faculdade. Janto sozinha, tomo banho sozinha, vejo tv sozinha, leio um pouco de algum livro que serve de companhia e acabo adormecendo. Quando meu amor chega eu já estou dormindo, as vezes me levanto pra preparar algo pro seu jantar. Mas nos ultimos dias nem isso, me ajeito na cama e continuo a dormir.

O dia seguinte chega e a cena se repete!

As vezes sinto vontade de conversar com alguém (até mesmo com ele), mas em que tempo? Ou com quem? Ontem queria companhia para fazer qualquer coisa, ir a um shopping bater perna, tomar um cafézinho, ou até alguém que sentasse ao meu lado para ver tv e que eu pudesse comentar alguma cena ou notícia interessante  com essa pessoa. Foi aí que eu me perguntei: COM QUEMMMM?

Morar numa cidade longe de seus amigos e de sua família não deve ser fácil pra ninguém. E para mim também não é! Mas tem certos momentos que a dor da saudade aperta mais e que a solidão parece pairar em nossas vidas.

Sei que tenho Claudinho ao meu lado e que posso contar com ele. Mas sinto falta de seu abraço, de sua conversa, de seus carinhos. Sinto falta de passear com meus amigos, de conversar horas sentada numa mesinha da praça de alimentação do shopping. Sinto falta do colo de minha mãe (até hoje posso sentir seu afago), sinto falta de brincar com meus irmãos e sobrinhos, de dar bom dia ao meu veinho e tomar café da manhã com ele... Sinto falta de sair do trabalho e sair pra distrair um pouco a mente...

As vezes me pergunto se o que vivemos hoje é realmente VIDA. Sei que não posso reclamar. Sou uma sortuda e tenho a felicidade de mesa farta, saúde e muito amor pra dar. Mas e aonde entra o psicológico? A distração, a alegria de sair pra passear e usufruir de verdade desse passeio ao lado do seu companheiro? Há quanto tempo não dou boas risadas (aquelas gargalhadas que nos fazem chorar)?

Ontem parei pra pensar em tudo, de fato e desde então estou me perguntando: O que fazer? Por onde começar?

Se eu pudesse, nesse sábado juntaria Lála, Naninha, Juh, Paulinha, Mona, Leo e Déia pra uma reuniaozinha a tarde, sairia a noite pra jantar a sós com meu marido e no domingo iria a um almoço em familia na casa de meu pai com todos os meus irmãos reunidos. Aí sim, ficaria de alma lavada, emoções afloradas e pele renovada.

Como sei que isso não é possível, vou terminar essa lamentação por aqui sabendo que mais tarde estarei de novo jantando, vendo tv e lendo o livro na solidão de meu lar. Na esperança de que dias melhores virão.

Um beijo enorme a todos!

Um comentário:

  1. Que negocio dificil comentar nesse negocio, ja tinha escrito mil coisas, mas so agora acho que vai da certo! Prima é a primeira vez que venho aqui, mas daqui a diante vou vim sempre para me sentir mais pertinho de vc.. ta fzendo tanta falta nossas conversas no msn.. tantas saudades sinto de ti!

    Camila Lopes

    ResponderExcluir